O ministro das Comunicações Paulo Bernardo foi
informado na quinta-feira (31) da decisão da presidente Dilma Rousseff de
liberar a migração das emissoras de rádio da faixa de transmissão do tipo
amplitude modulada (“AM”) para a faixa de frequência modulada (“FM”). Caberá,
agora, ao secretário de Comunicação Eletrônica Genildo Lins esboçar os detalhes
da proposta com as entidades que representam os radiodifusores.
A proposta seguirá em regime de urgência para
aprovação no Congresso e pode ser aprovada até o final de 2013. Com isso, a
migração começaria já em 2014.
Cerca de 2 mil emissoras serão beneficiadas em todo
o país. Para tanto, será feita a ocupação da faixa de FM (88,1 a 108 MHz) e FM
estendida (76,1 a 108 MHz), quando necessário, aproveitando as frequências dos
canais 5 e 6 de televisão. Estudos do ministério das Comunicações demonstraram
que não haverá problema de interferência com os canais vizinhos nas regiões
onde esses canais serão utilizados.
Esta mudança é fundamental para revitalizar as
emissoras de Rádio AM, melhorando a qualidade das suas transmissões, além
representar uma economia significativa no consumo de energia elétrica. “É
importante lembrar que o mercado brasileiro já dispõe de seis receptores
habilitados a sintonizar emissoras de rádio nos canais 5 e 6 (76,1 a 108 MHz)”,
explica Rodrigo Neves, sinalizando que o processo será tranquilo para o
ouvinte.
Os estudos que deram origem à decisão da presidente
Dilma Rousseff foram conduzidos pelo comitê técnico da AESP, liderado pelo
engenheiro Eduardo Cappia. A proposta que autoriza a migração deverá ser
assinada na semana que vem pela presidente Dilma Rousseff.
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