A multa terá de ser pega solidariamente por Maluf, Reynaldo de Barros,
que era presidente da Emurb na época, Constran e CBPO. Três funcionários da
Emurb também foram condenados. Eles terão de pagar multa de R$ 21 milhões mais
10% de multa.
A desembargadora Teresa Ramos Marques considerou que Maluf foi
responsável pelo superfaturamento da obra, inaugurada em 1995. Segundo o voto
dela, não há dúvidas de que Maluf acompanhou a construção do túnel e autorizou
a suplementação de verbas. "É óbvio que Maluf sabia sobre os valores
superfaturados. O túnel Ayrton Senna era a obra mais importante da
administração dele", disse o promotor Roberto Livianu, que sustentou o
voto da acusação.
OUTRO LADO
A defesa de Maluf sustentou que ele não poderia ser condenado porque
não assinara nenhum documento autorizando pagamentos.
Em nota, a assessoria de Maluf nega que ele tenha se tornado
'ficha-suja' e afirma que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça
(STJ). No texto, os advogados de Maluf
sustentam que, para ser enquadrado pela Lei da Ficha Limpa, o deputado teria
que ser condenado pela "prática de ato doloso" e por enriquecimento
ilícito.
( Folha )
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