Informação foi
publicada nesta sexta-feira pelo jornal 'O Estado de S. Paulo'. Em sua delação,
Joesley Batista diz que valor nas contas chegou a US$ 150 miL.
Em sua delação
premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República, o empresário Joesley
Batista, dono da JBS, revelou que a empresa mantinha duas contas na Suíça com
dinheiro de propina reservado aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e
Dilma Rousseff. As contas, que teriam chegado ao valor de 150 milhões de
dólares em 2014, contudo, foram fechadas pelo banco suíço Julius Baer e o
dinheiro, transferido pela instituição a um banco nos Estados Unidos antes
mesmo de o conteúdo das delações da JBS vir à tona. Segundo o jornal O Estado
de S. Paulo, que publicou a informação nesta sexta-feira, o banco suspeitou do
volume de dinheiro e dos padrões das transferências e denunciou as transações
aos órgãos de combate de lavagem de dinheiro do país europeu.
De acordo com o
jornal, o Julius Baer não sabe quem são os beneficiários das movimentações
financeiras, uma vez que o dinheiro era movido por doleiros e operadores e as
contas estavam em nome de duas empresas, a Lunsville International Inc. e a
Valdacro. Fontes do setor financeiro suíço ouvidas pelo Estado de S. Paulo
sugerem, contudo, que as datas das transferências de valores podem indicar
alguma relação com eleições no Brasil.
Segundo o jornal, o
Julius Baer informou aos administradores do dinheiro que não manteria em seus
sistemas os recursos, que teriam sido oriundos de um esquema “misto”, com dinheiro
lícito e ilícito da JBS. O Estado de S. Paulo diz que a Procuradoria-Geral da
República espera que as autoridades suíças enviem as informações ao Brasil.
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