Foto; G 1 |
A espuma da poluição do
rio Tietê avança, desde a segunda-feira (22), sobre áreas urbanas de Pirapora
do Bom Jesus (54 km de São Paulo). O tráfego de veículos chegou a ser
prejudicado. Outras cidades da região de Itu também registraram casos
semelhantes. A espuma, além de detergente, tem produtos químicos e pode ser
prejudicial à saúde.
A espuma se forma
quando a água passa pelos vertedouros de uma usina hidrelétrica, localizada a
poucos quilômetros de Bom Jesus de Pirapora. De acordo com a Secretaria
Estadual do Meio Ambiente, a formação da espuma está relacionada principalmente
a baixa vazão da água, a presença de esgotos domésticos não tratados que dificultam
a decomposição de detergentes domésticos.
Como o rio Tietê corta
o centro da cidade, com pouco espaço entre as margens e as construções, a
situação fica ainda mais grave, com a espuma atingindo construções e, em alguns
casos, invadindo ruas.
Nesta terça-feira (23),
a espuma chegou a encobrir uma ponte nas proximidades do centro da cidade. O
tráfego teve que ser controlado por agentes municipais mas, segundo a
prefeitura, não houve nenhum incidente de gravidade no local.
Moradores em Pirapora
do Bom Jesus relatam ainda que a espuma deixa manchas em roupas e chega até a
causar danos à pintura de carros. Também é recorrente a reclamação de mau
cheiro.
"Se cair na roupa,
mancha tudo. É terrível. O inverno mal começou e já está desse jeito. Esse ano vai
ser complicado", avalia a professora Bernadete Souza, 42, que mora na
cidade há 15 anos.
Problema antigo e
recorrente
O problema na região
não é novo e já foi reconhecido pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental), ligada à Secretaria do Meio Ambiente.
Segundo relatório da
instituição, as descargas indiscriminadas de detergentes nas águas levam à
formação de espumas, como ocorre no rio Tietê ao longo das cidades de Santana
do Parnaíba, Salto e Pirapora do Bom Jesus.
"Um dos casos mais
críticos de formação de espumas, talvez no mundo inteiro, ocorre no município
de Pirapora do Bom Jesus, que recebe seus esgotos em grande parte sem
tratamento. A existência de corredeiras leva ao desprendimento de espumas que
formam continuamente camadas de pelo menos 50 centímetros sobre o leito do rio.
Sob a ação dos ventos, a espuma, contaminada biologicamente, se espalha sobre a
cidade, impregnando-se na superfície do solo e dos materiais, tornando-os
oleosos", diz a entidade, em relatório.
Procurada, a Secretaria
Estadual de Meio Ambiente informou que o problema é recorrente na região e que
só poderá ser resolvido com a implantação dos sistemas adequados de coleta e
tratamento de esgoto.
Ainda segundo a
instituição, a responsabilidade sobre o tema pertence a municípios e empresas
concessionárias do setor de saneamento básico.
Fonte; noticias.uol.com
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