Sede do laboratório que trouxe o equipamento ao país é inaugurada na
Universidade Fumec
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01 Na capital. Três
pesquisadores buscam aprimorar a tecnologia TREINO DO CRUZEIRO MG Medida.
Dispositivo mede 2 mm, o tamanho de um grão de arroz
Os biochips que prometem revolucionar, em um futuro bem próximo, a
forma como vamos poder dispensar chaves, senhas, códigos de barras e, ainda
assim, ter privacidade e segurança, já estão em Belo Horizonte. Em reportagem
de novembro do ano passado, O TEMPO adiantou com exclusividade que o
equipamento estava próximo da realidade dos mineiros e, neste fim de semana,
cerca de 40 amantes e pesquisadores de tecnologia participaram da inauguração
oficial da sede da Área 31 Hackerspace, na Universidade Fumec – primeiro
laboratório comunitário, aberto e colaborativo, que possibilitou a vinda dos
primeiros biochips ao país.
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O dispositivo, que mede cerca de 2 mm – aproximadamente o tamanho de um
grão de arroz –, foi desenvolvido pelo norte-americano Amal Graafstra, que
queria acessar seu escritório com mais facilidade. Desde 2005, ele possui um
chip em cada mão.
Os implantes funcionam por radiofrequência compatível com Near Field
Communication (NFC). Essa tecnologia permite comunicação em curta distância
entre dispositivos, sem a utilização de fios e configurações adicionais, apenas
aproximando a mão ao leitor.
Segundo um dos fundadores do laboratório, Ewerson Guimarães, alguns
testes para aumentar a capacidade de armazenagem de dados – que hoje é de até
144 bytes por chip – já estão avançados.
“Recebemos três chips e já fizemos testes de esmagamento, e o material
implantado em uma coxa de frango aguentou um impacto de 51 kg e em silicone 15
kg. Também já conseguimos guardar mais dados nos chips e agora vamos começar a
fazer algumas coisas como, por exemplo, transformar uma fechadura analógica em
digital”, explica.
Em casa. Um dos focos dos três pesquisadores é utilizar a tecnologia
para automação residencial (controle da iluminação da casa, por exemplo), e,
exigindo poucos movimentos para atender às necessidades do usuário, o chip
poderia beneficiar pessoas com deficiência.
De acordo com Guimarães, cerca de 20 pessoas já manifestaram interesse
em participar dos testes e implantar o biochip. Um dos interessados é o
administrador de redes, Alan Galvão, 33.
“A principal expectativa é o que pode ser gerado de funcionalidades, primeiro
para a ciência, depois para nós mesmos e para as empresas, garantindo a
confidencialidade. É um recurso muito novo e que assusta, mas ainda existe
muita anticultura, pessoas que não têm conhecimento dando opinião. Pra mim, (o
biochip) é a mesma coisa de ter um número da sua carteira de identidade do
tamanho de um grão de arroz”, diz Galvão comemorando a chegada do material.
Apesar do interesse, o administrador prefere esperar mais um pouco
(para fazer o implante). “Vou esperar aumentar a capacidade de armazenagem, mas
não é preciso ter medo, estamos falando de uma infinidade de possibilidades”,
diz.
Laboratório
Programação. Para saber mais sobre os horários de visitas e a
programação do laboratório, que fica na Universidade Fumec, em Belo Horizonte,
é só entrar no site www.area31.net.br.
Kits devem custar aproximadamente R$ 250
Os biochips são originalmente vendidos pela empresa Dangerous Things,
com fabricação na Alemanha, mas o laboratório Área 31 Hackerspace vai ser o
revendedor autorizado no Brasil para a comercialização dos biochips, que serão
vendidos em kits que custarão cerca de R$ 250.
A previsão dos pesquisadores é de que até o meio do ano as melhorias
que estão sendo testadas no biochip já estejam bem-desenvolvidas.
Para isso, Raphael Bastos – um dos envolvidos nos estudos – deve
instalar a tecnologia no seu carro ainda nesta semana. “A gente já está
conversando também com algumas oficinas para começar a fazer a integração com
automóveis e a instalação vai ser super simples”, conta Ewerson Guimarães.
Convênios com tatuadores também estão em fase de negociação para a
implantação autorizada do produto, uma vez que o processo é semelhante ao de um
piercing.
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