A força da greve nacional dos bancários, que completa 21 dias nesta
quarta-feira (9), arrancou uma nova negociação entre o Comando Nacional, e a Fenaban para ocorrer hoje, às 10 horas, em São Paulo.
Na sequência, ao meio-dia, haverá negociação das reivindicações
específicas com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal. E às 13
horas acontece nova rodada com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), também na
capital paulista.
A nova rodada foi marcada após a rejeição pelas assembleias dos sindicatos
da proposta de reajuste salarial de 7,1% e aumento do piso em 7,5%, apresentada
pelos bancos na última sexta-feira (4), que foi considerada insuficiente pela
categoria.
A Contraf-CUT enviou ontem um ofício do Comando Nacional à Fenaban,
comunicando a decisão das assembleias e reiterando que "permanece à
disposição para continuar as negociações para a apresentação de uma proposta
satisfatória dos bancos, que atenda de fato às reivindicações econômicas e
sociais da categoria".
A continuidade das negociações é fruto da intensa mobilização dos
bancários, que estão vencendo o cansaço, mostrando uma extraordinária
disposição de enfrentamento, combatendo as práticas antissindicais dos bancos e
fazendo a maior greve da categoria dos últimos 20 anos.
A expectativa dos bancários é que os bancos apresentem uma nova proposta
que atenda as reivindicações de aumento real, valorização do piso, PLR melhor,
proteção ao emprego, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade
de oportunidades. Com os lucros de R$ 59,7 bilhões entre os meses de junho de
2012 e 2013, sobram recursos para compensar o trabalho e a dignidade dos
bancários.
Durante todo o processo de negociações da Campanha 2013, iniciado no mês
de agosto, os bancos apresentaram somente duas propostas. A primeira, feita no
dia 5 de setembro, foi o reajuste de 6,1% que só repõe a inflação pelo INPC no
período e ignorou as demais reivindicações da categoria, tendo sido rejeitada
em todo país e motivando a deflagração da greve a partir do dia 19 de setembro.
A segunda proposta foi a da última sexta-feira.
No 21º dia da greve, foram fechados 12.136 agências, centros
administrativos e call centers de bancos privados e públicos, nos 26 estados e
no Distrito Federal. É um crescimento de 97,5% em relação ao índice de
paralisação do primeiro dia, quando 6.145 unidades foram fechadas.
Não é à toa que a força do movimento afetou as vendas do comércio e a
concessão de financiamentos, o que comprova a importância do trabalho da
categoria para o atendimento da população e a geração dos resultados dos
bancos.
O Comando Nacional representa 143
sindicatos e 10 federações de todo país, totalizando mais de 95% dos bancários
de todo Brasil. Além das entidades integrantes, participam como convidados os
coordenadores das comissões de empresas dos trabalhadores dos bancos públicos
federais.
SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE ITABUNA E REGIÃO
FEDERAÇÃO DOS BANCÁRIOS DA BAHIA E SERGIPE
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DO RAMO FINANCEIRO
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