O ano chegou ao final e decidi fechar 2022 fazendo algumas coisas que gosto e faço sempre que posso: subir a Serra do Córrego Grande (a Montanha Mágica), plantar árvores, contemplar a natureza, ouvir o barulho das águas descendo a montanha, respirar o ar puro, agradecer a Deus pelo dom da vida e catar o lixo deixado por humanos insensíveis que diariamente destroem a única casa que tem.
A ideia de subir a montanha veio de última hora, na quinta-feira a noite. Fiz o convite no grupo (Turma da Caminhada) que temos para propagar nossas caminhadas e nossas pequenas ações positivas no cuidado com o planeta que vivemos e o nosso meio ambiente.
Quatro amigos ‘insanos’ (Lucas, Thiago, Rose e Eliene) toparam subir a serra em pleno sábado, véspera da virada de ano. A ideia era ir até Abel de Furtuoso e plantar quatro árvores em uma área degradada que estamos tentando (aos poucos) reflorestar.
Ao longo deste ano de 2022 nós conseguimos plantar cerca de 50 mudas neste local e ontem constatamos que cerca de 70% das mudas que plantamos pegou e estão crescendo. Outro dado interessante é que em 2022 nós conseguimos levar nas montanhas (Córrego Grande e Manacá) mais de 300 pessoas e plantamos cerca de 300 mudas de árvores.
A subida - mais uma vez - foi muito ‘puxada’ e prazerosa. Passamos em Dantas e Val, que nos receberam na sua fazenda com um delicioso café da manhã, um mugunzá delicioso, além da carinhosa receptividade do casal.
Passamos ainda na represa do SAAE - antes de encarar as imensas ladeiras até Abel. Paramos na capelinha para contemplar Ibicaraí e lá aproveitamos para lanchar e, em um gesto simples (pedido por Cristo a mais de dois mil anos), nós inconscientemente compartilhamos o nosso pão de cada dia. Algo que sonhamos que aconteça neste nosso mundo de riquezas e misérias.
Por fim, plantamos as árvores que levamos (cumprimos a missão) e descemos a montanha catando o lixo deixado por outros humanos inconscientes e mal educados que poluem a montanha que nos dá alimento, água e ar puro. Chegamos na cidade com três sacolas de lixo - que catamos no caminho - e a sensação do dever cumprido.
Arnold Coelho
Feliz em poder plantar esperança
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