Senhores e senhoras, boa tarde!
Saúdo o presidente da Academia Grapiúna de
Letras, Samuel; saúdo o magnifico reitor da UESC, Alessandro Fernandes de Santana, um porto
seguro para a cultura no sul da Bahia; cumprimento de forma muito especial
Padre Acácio, representando Dom
Carlos Alberto, Bispo da Diocese de Itabuna; Vice-Presidente da Academia Grapiúna de Letras, Prof. Jailton
Alves;
Senhores e senhoras, homens e mulheres só
chegam a algum lugar com o apoio de sua família. Portanto, aproveito o momento
para agradecer a minha família na pessoa de minha mãe, Maria Geni; das minhas
irmãs Edielda e Edleuza e de meu sobrinho Biancardy, por sinal, estudante desta
Universidade. Obrigado por estarem sempre ao meu lado, nos acertos e nos erros
da vida.
Agradeço também as presenças do Senhor Thiago
Fernandes, Coordenador do Cesol Litoral Sul, que na caminhada só tem me dado
orgulho; igualmente, do Senhor Diego Felisardo, presidente da Organização
Social Beneficente Josué de Castro, entidade gestora do CESOL Litoral Sul e de
Itapé. Mais que pessoas que trabalham próximas a mim, têm sido parceiros nessa
minha trajetória.
Mestra Janete Lainha, Washington Alves Pereira, Marta Almeida, João Victor...
Saudações
especiais ao Professor e Historiador Antônio Ernesto Viana Soares (para
membro-correspondente) e a Professora Doutora Josanne Francisca Morais Bezerra
(membro efetivo). Quanta emoção! Somos contemporâneos de um momento
histórico.
Senhoras e Senhores, chego à Casa de Jorge
Amado, por meio do convite formulado por Doutor Vercil Rodrigues. Quem não
conhece esse homem tão importante para a difusão do pensamento cultural e
jurídico do sul da Bahia? Pergunto mais por estilo, que esperando a resposta dos
senhores e das senhoras. Para além do convite, o doutor Vercil Rodrigues sempre
abriu as portas do Jornal Direitos para as minhas publicações. Foi no Jornal
Direitos que publiquei meus pequenos artigos da área jurídica. As minhas
publicações no Jornal Direitos estão no meu Currículo Lattes, mas também elas
foram importantes para a composição de meus títulos quanto ao meu ingresso no
Mestrado em Direito na Universidade Federal da Bahia, inclusive, possibilitando
minha aprovação em primeiro lugar na Linha.
Para além de me inserir nesse seleto rol,
certamente, o doutor Vercil cumpriu o papel de mentor intelectual e mais que
isso ofereceu as condições para que um dia pudéssemos nos encontrar e celebrar.
Meus agradecimentos não lhe pagam, é verdade, mas reconhece a sua importância
em minha vida. Obrigado, gratidão!
Reconhecimento, gratidão, generosidade palavras
necessárias para o menino que saiu de Itapé aos 11 anos de idade para Ilhéus,
em 1995; que, tardiamente, conseguia ler aos 10 anos de idade, mas que aos 35
anos se tonava doutor. Não fui morto, é verdade, tinha tudo para ter sido
tragado pela violência dos centros urbanos brasileiros. Por qual razão
“sobraria eu” em detrimento dos meus amigos da adolescência no Alto do
Conqueiro? Talvez, tenha sido o destino..., mas não me resta dúvida do papel da
família e da escola. Aqui, é fundamental eu destacar: da escola pública. De
meus professores que enxergaram em mim potencialidade. Na escola pública vou
acreditar sempre. Sempre, sempre, sempre!
Aqui lembro de imediato o patrono da Cadeira de
n. 13, Anísio Teixeira, a qual vou ocupar. Anísio Teixeira é um grande
educador. Defensor da Escola Nova.
Fiquei muito emocionado quando soube que
ocuparia a cadeira n.º 13, pois, a cadeira tem como fundador, o Bispo Dom Ceslau
Stanula. Homem, que além da fé, escrevia, semanalmente, para o Jornal Agora,
com circulação em todo sul da Bahia. Por sinal, gostaria muito de manter viva
essa memória, colaborando na organização de um livro sobre as reflexões
esposadas naquele periódico, cujas orientações foram tão necessárias ontem, no
dia de hoje e sempre. Independentemente, de minha fé ou não fé, não posso negar
o papel da religião na formação de meu caráter e na minha caminhada em favor
dos menos favorecidos, cobrando por justiça social.
Patrono, meu antecessor, são memórias caras a
mim e a toda sociedade. Certamente, fazer parte da AGRAL muito me envaidece,
mas também tomo esse meu ingresso como um múnus público com a obrigação de
manter viva a memória dos que partiram, o respeito aos meus queridos confrades
e queridas confreiras, certamente, venho para aprender e na caminhada,
humildemente, espero contribuir para uma AGRAL forte e comprometida com a
cultura, as artes, a acesso à educação de qualidade, à leitura e as liberdades.
Estou muito feliz com esse momento. Esse
momento Reitor Alessandro Santana é histórico. Estamos voltando para o mundo
presencial. Significa que milhões de brasileiros acreditaram na ciência e foram
se vacinar, em detrimento, de autoridades públicas que desdenharam da vacina e
da ciência. Professor Samuel, vacina e ciência são expressões da cultura de um
povo. A AGRAL é símbolo de cultura, é expressão das artes e objetiva promover o
progresso de nossa região por meio das conquistas culturais. Obrigado a cada confrade,
a cada confreira que me recebe neste dia! Para mim é um grande dia. Obrigado!
Campus Soane Nazaré de Andrade, 03
de novembro de 2021.
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