Parece que foi ontem e lá se vão 32 anos. Em 1988 – no século passado - eu votei pela primeira vez. Lembro que o país tinha acabado de sair da ditadura e ainda respirava a célebre frase ‘Diretas Já’, dita inúmeras vezes pelo saudoso deputado federal Dante de Oliveira. O Brasil tinha acabado de ganhar nossa Constituição Cidadã das mãos do ilustre e saudoso Ulisses Guimarães, um dos grandes políticos que tivemos. Tudo era muito novo naquele momento. Naquele mesmo ano, eu com apenas 20 anos, iniciei no Jornal e Gráfica Agora como artefinalista e fiz minha primeira campanha eleitoral – produzi cartazes, santinhos e praguinhas – para o saudoso João Lírio, que ganhou a eleição para prefeito de Ilhéus. Durante as últimas décadas trabalhei em Itabuna e por duas vezes fui para São Paulo, sempre trabalhando com artes gráficas, designer e textos e consequentemente sempre estive envolvido em campanhas publicitárias e eleições para diversas cidades do interior baiano. A política sempre esteve presente em minha vida a cada dois anos. Para o Jornal e Gráfica Agora esses períodos eram bons, pois se ganhava muito dinheiro imprimindo material político. Perdi a conta de quantas campanhas eu me envolvi, quantas ganhei e quantas perdi. No início de 2013 me cansei da gráfica e principalmente do jornal – que virou diário – e resolvi ficar próximo da minha família. Pedi demissão e vim literalmente viver de política de forma direta. Eu já morava em Ibicaraí e recebi o convite de trabalho de duas prefeituras: Ibicaraí, com o prefeito Lenildo Santana e Floresta Azul, onde a Dra. Sandra Cardoso era a gestora. Nos últimos 8 anos eu praticamente não fiz outra coisa: foi política em média 16 horas por dia, sete dias por semana e trinta dias a cada mês – sem tirar férias -, pois Brandão ganhou aqui em Ibicaraí e me convidou para continuar. Atendi ainda outras tantas cidades, mas em Ibicaraí foi onde eu me envolvi diretamente e intensamente. Coisa de louco! Cheguei nessa última política decidido que seria a última, independente do resultado. Eu estava no meu limite – na verdade ainda estou – e contei dia, hora, minuto e segundo para que o dia 15 de novembro chegasse. Hoje, eu só confirmo para os poucos amigos e as pessoas que me seguem no Facebook que estou saindo da política de forma direta. O que isso quer dizer? O que quero deixar claro é que não pretendo trabalhar diretamente com política, não quero participar mais de nenhum grupo político em Ibicaraí e só me limitarei a votar. Fazer política só de forma indireta, atendendo outras cidades sem ter o envolvimento presencial. Decidi que não mais participarei de passeatas, carreatas ou colarei adesivos ou farei campanha para um determinado grupo ou candidato, consequentemente não trabalharei mais na prefeitura, pois no serviço público ou você é concursado ou entra com uma indicação política. Você entra e trabalha, mas precisa ser ‘fiel’ e se comprometer com o grupo e ‘vestir a camisa’. Eu não quero mais ‘vestir a camisa’, eu quero poder voltar a vestir as minhas camisas sem precisar me preocupar com a ‘cor’ ou a opinião das pessoas. Estou verdadeiramente fora do ‘jogo’ e reiniciando meus projetos pessoais. ARNOLD COELHO Um simples eleitor
PRA VC QUE TEM O SONHO DE SER NARRADORA OU REPÓRTER
18 de novembro de 2020
Arnold Coelho - 32 anos depois
Parece que foi ontem e lá se vão 32 anos. Em 1988 – no século passado - eu votei pela primeira vez. Lembro que o país tinha acabado de sair da ditadura e ainda respirava a célebre frase ‘Diretas Já’, dita inúmeras vezes pelo saudoso deputado federal Dante de Oliveira. O Brasil tinha acabado de ganhar nossa Constituição Cidadã das mãos do ilustre e saudoso Ulisses Guimarães, um dos grandes políticos que tivemos. Tudo era muito novo naquele momento. Naquele mesmo ano, eu com apenas 20 anos, iniciei no Jornal e Gráfica Agora como artefinalista e fiz minha primeira campanha eleitoral – produzi cartazes, santinhos e praguinhas – para o saudoso João Lírio, que ganhou a eleição para prefeito de Ilhéus. Durante as últimas décadas trabalhei em Itabuna e por duas vezes fui para São Paulo, sempre trabalhando com artes gráficas, designer e textos e consequentemente sempre estive envolvido em campanhas publicitárias e eleições para diversas cidades do interior baiano. A política sempre esteve presente em minha vida a cada dois anos. Para o Jornal e Gráfica Agora esses períodos eram bons, pois se ganhava muito dinheiro imprimindo material político. Perdi a conta de quantas campanhas eu me envolvi, quantas ganhei e quantas perdi. No início de 2013 me cansei da gráfica e principalmente do jornal – que virou diário – e resolvi ficar próximo da minha família. Pedi demissão e vim literalmente viver de política de forma direta. Eu já morava em Ibicaraí e recebi o convite de trabalho de duas prefeituras: Ibicaraí, com o prefeito Lenildo Santana e Floresta Azul, onde a Dra. Sandra Cardoso era a gestora. Nos últimos 8 anos eu praticamente não fiz outra coisa: foi política em média 16 horas por dia, sete dias por semana e trinta dias a cada mês – sem tirar férias -, pois Brandão ganhou aqui em Ibicaraí e me convidou para continuar. Atendi ainda outras tantas cidades, mas em Ibicaraí foi onde eu me envolvi diretamente e intensamente. Coisa de louco! Cheguei nessa última política decidido que seria a última, independente do resultado. Eu estava no meu limite – na verdade ainda estou – e contei dia, hora, minuto e segundo para que o dia 15 de novembro chegasse. Hoje, eu só confirmo para os poucos amigos e as pessoas que me seguem no Facebook que estou saindo da política de forma direta. O que isso quer dizer? O que quero deixar claro é que não pretendo trabalhar diretamente com política, não quero participar mais de nenhum grupo político em Ibicaraí e só me limitarei a votar. Fazer política só de forma indireta, atendendo outras cidades sem ter o envolvimento presencial. Decidi que não mais participarei de passeatas, carreatas ou colarei adesivos ou farei campanha para um determinado grupo ou candidato, consequentemente não trabalharei mais na prefeitura, pois no serviço público ou você é concursado ou entra com uma indicação política. Você entra e trabalha, mas precisa ser ‘fiel’ e se comprometer com o grupo e ‘vestir a camisa’. Eu não quero mais ‘vestir a camisa’, eu quero poder voltar a vestir as minhas camisas sem precisar me preocupar com a ‘cor’ ou a opinião das pessoas. Estou verdadeiramente fora do ‘jogo’ e reiniciando meus projetos pessoais. ARNOLD COELHO Um simples eleitor
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