A religião islâmica vem crescendo
no Brasil e muitos dos convertidos à doutrina de Maomé estão se tornando
radicais que pregam o extermínio de cristãos e judeus. A constatação, pasmem,
partiu do principal xeque xiita brasileiro, Rodrigo Jalloul.
A religião islâmica surgiu cerca
de 600 anos depois de Cristo, sob a liderança do controverso Maomé, que em seus
escritos, fala de tolerância e respeito, mas também de morte como punição aos
infiéis, apóstatas, homossexuais e qualquer outro que tenha ouvido as bases do
islamismo mas tenha recusado a conversão.
Jalloul concedeu uma entrevista à
revista Veja e afirmou que no Brasil o extremismo muçulmano já começa a ser
notado por fiéis da própria religião. “Alguns xeques erram em focar muito a
política e pouco a religião. Eles dizem abertamente que os xiitas são hereges e
malditos. Os brasileiros que se convertem não conhecem a história da religião e
acabam caindo nessa farsa”, afirmou.
“A radicalização dos muçulmanos
brasileiros deve-se ao excesso de informação disponível, mas sem um filtro
adequado. Certa vez, encontrei uma muçulmana sunita na porta da mesquita do
Brás [em São Paulo] e convidei-a para entrar. Ela se recusou, pois um xeque
sunita lhe havia dito que se tratava de um lugar maldito”, explicou Jalloul,
contextualizando o raciocínio.
No mundo árabe, sunitas e xiitas
– apesar de professarem a mesma fé – vivem em pé de guerra, por questões de
interpretações do Corão. De acordo com Jalloul, o extremismo dos muçulmanos
brasileiros acontece por influência dos sunitas e suas ramificações.
“O wahabismo e o salafismo, que
são as subcategorias mais radicais do sunismo, têm se manifestado de modo muito
forte no Brasil. Isso é uma ameaça. A radicalização que afeta jovens na Europa
também está acontecendo no Brasil. Todo cuidado é pouco”, disse o líder xiita
muçulmano.
Mesmo o Brasil sendo um país em
que a maioria é cristã e as demais religiões convivem pacificamente, salvo
episódios raríssimos de intolerância, o extremismo muçulmano já preocupa.
“A religião islâmica é de origem
árabe. No Oriente Médio, as pessoas lidam com a religião com naturalidade.
Alguns [muçulmanos] brasileiros, porém, estão abraçando a fé cegamente. Há
muitos fanáticos pregando para gente intelectual e emocionalmente vulnerável
por aí”, ponderou Jalloul. “Não necessariamente incitando ao terrorismo, mas
ensinando uma forma equivocada de lidar com a religião”.
“Esses fanáticos pregam que
cristãos e judeus não podem existir. Pregam até o afastamento da família,
apesar de o profeta Maomé dizer que o respeito aos pais deve ser mantido até o
fim da vida. Aqueles que têm mais sede de conversão são os piores. Eles querem
se converter e não discutem nem questionam nada”, alertou.
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