Um advogado cristão decidiu se
manifestar de forma objetiva contra a Veja pela veiculação do artigo “Essa
gente incômoda”, escrito pelo jornalista J. R. Guzzo, na edição de 04 de
outubro último, e abriu um processo pedindo a remoção da matéria do portal da
revista na internet e uma indenização por danos morais.
Marco Vinicius P. de Carvalho
abriu a ação na Comarca de Taió, em Santa Catarina, processando o jornalista
José Roberto Guzzo e a revista Veja. Uma audiência conciliadora foi marcada
para o dia 05 de março de 2018, segundo informações do portal JM Notícia.
No polêmico artigo, Guzzo
desdenha dos evangélicos, considerando essa parcela da sociedade um público de
intelecto menos desenvolvido que os adeptos do “progressismo”, militantes de
esquerda e a, assim chamada, “elite cultural”.
Ao longo do texto, o jornalista
dispara contra os evangélicos de forma generalizada e expõe toda sua irritação
com a liberdade religiosa, aparentando apoiar o fim desse direito. A certa
altura, suas palavras tomam uma conotação ainda mais preconceituosa: “Esse
povo, em grande parte do ‘tipo moreno’, ou ‘brasileiro’, vem sendo visto com
horror crescente pela gente de bem do Brasil”, escreveu, sugerindo de forma
pejorativa um estereótipo racial para os fiéis.
Na teoria de J. R. Guzzo, a
“gente de bem” não é necessariamente um grupo de pessoas honestas com conduta
irrepreensível: “Sabe-se quem são: os mais ricos, mais instruídos, mais
viajados, mais capacitados a discutir política, cultura e temas nacionais. São
geralmente descritos como esclarecidos, liberais, intelectuais, modernos, politizados,
sofisticados e portadores de diversas outras virtudes. Toda a esquerda
nacional, por definição, está aí dentro”, argumenta.
Assim, “gente de bem”, para J. R.
Guzzo, seria o oposto do que são os evangélicos, e o jornalista não se contenta
com pouco no que se refere à crítica a esse setor da sociedade: “Retrógrados,
reacionários, repressores, fascistas e inimigos da democracia. Já foram
condenados como machistas, homofóbicos e fanáticos”.
Indo além, o colunista da revista
Veja diz que o que torna os evangélicos incômodos “está nas suas convicções
como cidadãos”. Confira neste link a repercussão do artigo polêmico entre
líderes cristãos e artistas gospel, que usaram as redes sociais e até a tribuna
do Plenário da Câmara dos Deputados para se posicionarem.
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