O vice-procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada, pediu
o arquivamento, por falta de provas, do inquérito aberto no Supremo Tribunal
Federal para apurar se o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) cometeu irregularidades
ao contratar pastores como funcionários da Câmara.
O pedido de arquivamento será analisado pelo relator do caso, ministro
Celso de Mello. Geralmente, quando o procurador pede esse tipo de arquivamento,
o Supremo costuma atender, uma vez que o entendimento consolidado é de que cabe
à Procuradoria Geral a condução sobre as investigações relacionadas a pessoas
com foro privilegiado.
A apuração foi aberta em abril de 2013, a pedido do então
procurador-geral, Roberto Gurgel, após Jean Wyllys (PSOL-RJ), Érica Kokay
(PT-DF) e Domingos Dutra (PT-MA) moverem uma representação.
O pedido de Bonifácio Andrada
No pedido ao STF, o vice-procurador, José Bonifário de Andrada,
destacou que, durante os quatro anos de investigação, não foram encontradas
evidências que justificassem a apresentação de uma denúncia.
"Passados quase quatro anos desde sua instauração e realizadas
diversas diligências, os autos revelam-se desprovidos de subsídios que possam
justificar a continuidade das investigações quanto ao delito em comento",
afirmou Andrada.
Segundo ele, a contratação de pastores como secretários parlamentares
não se mostrou irregular porque diversos depoimentos confirmaram que eles
desempenhavam funções ligadas à atividade parlamentar durante o dia e atuavam
na igreja fora do horário do expediente.
"O que restou apurado nos autos é que as atividades religiosas
ocorriam em horários no período noturno e aos domingos, compatíveis com o
exercício da atividade de secretariado parlamentar", afirmou o procurador.
G1
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