Em partida marcada por erros de arbitragem, equipe comandada por
Edgardo Bauza teve dois atletas expulsos após o segundo tento dos colombianos.
Acabou na noite desta quarta-feira (13 de julho) o sonho do
tetracampeonato da Copa Bridgestone Libertadores para o São Paulo. O clube
brasileiro precisava de uma vitória por dois gols de diferença para seguir vivo
na competição, mas voltou a perder para o Atlético Nacional (COL), desta vez
por 2 a 1, em duelo disputado no lotado Estádio Atanasio Girardot, em Medellín,
válido pelas semifinais do torneio continental.
Diante de aproximadamente 45 mil torcedores, que pintaram o estádio de
verde e branco, o Tricolor até saiu na frente com gol de cabeça de Jonathan
Calleri, aos oito minutos do primeiro tempo – o argentino chegou à artilharia
isolada da competição, com nove tentos. No entanto, os colombianos trataram de
frear o ímpeto são-paulino pouco depois, quando Borja, carrasco do jogo de ida,
arrancou em velocidade para deixar tudo igual.
Precisando desesperadamente de mais dois gols no segundo tempo, o
técnico Edgardo Bauza mandou a campo Alan Kardec e Luiz Araújo, que
praticamente não tocaram na bola. Apáticos na etapa final, os brasileiros foram
envolvidos facilmente pelos mandantes, que viraram o marcador em cobrança de
pênalti convertida por Borja, autor de todos os quatro gols do Nacional nas
semifinais.
Com o resultado, o placar agregado das semifinais entre São Paulo e
Atlético Nacional terminou em 4 a 1 a favor da representação de Medellín, uma
vez que havia superado o time da capital por 2 a 0, em pleno Morumbi, há uma
semana. Agora, os colombianos aguardam o vencedor do confronto entre Boca
Juniors e Independiente del Valle. Os equatorianos venceram o jogo de ida, de
virada, por 2 a 1, em casa. A volta está marcada para esta quinta-feira, às
21h45 (de Brasília), no estádio La Bombonera, em Buenos Aires.
O São Paulo, por sua vez, buscará sua sétima final de Libertadores no
ano que vem caso obtenha a vaga ainda nesta temporada. A classificação pode vir
através do Campeonato Brasileiro, pelo qual volta a jogar neste domingo, às 16
horas, quando faz o clássico com o Corinthians, em Itaquera.
O jogo – Tudo o que o São Paulo queria para o começo do jogo aconteceu.
Logo aos oito minutos, Michel Bastos descolou cruzamento na segunda trave,
Calleri subiu mais alto do que os zagueiros, e testou firme, encobrindo o
goleiro Armani. Na comemoração, o argentino pediu serenidade aos companheiros:
“Tranquilo. Tranquilo”.
Mas de nada adiantou o pedido do artilheiro do São Paulo. O Atlético
Nacional tratou de jogar um balde de água fria nas pretensões tricolores apenas
sete minutos depois de levar o gol. Após passe errado no meio-campo, Berrío
tocou em profundidade para Borja, que ganhou na corrida de Lugano e Bruno e
bateu cruzado de esquerda, sem chances para Denis.
Pouco depois o time brasileiro quase retomou a frente do placar. Em uma
jogada confusa, Calleri apareceu livre na grande área. O camisa 12 cabeceou,
encobriu novamente Armani, mas bola bateu caprichosamente no travessão e saiu.
A partir de então, o jogo ficou lá e cá. Aos 26, Centurión fez boa
jogada pelo meio e tocou na esquerda para Michel Bastos, que cruzou rasteiro. A
bola passou em frente ao gol do Nacional, mas o carrinho de Calleri não a
alcançou. Cinco minutos depois, a resposta dos mandantes: pela direita,
Macnelly Torrez cruzou para o meio da área, Marlos Moreno, totalmente livre de
marcação, veio de trás e isolou por cima do gol de Denis.
Aí quando o jogo se encaminhava tranquilo para o intervalo, o último
lance do primeiro tempo acabou com a calmaria dentro de campo. Michel Bastos
deu bom passe para Hudson, que se infiltrou no meio da grande área e foi
empurrado por Bocanegra antes de finalizar. O árbitro chileno Patricio Polic
mandou seguir, provocando a ira dos são-paulinos. Centurión, inclusive, levou
cartão amarelo por reclamação.
Como nada aconteceu nos primeiros minutos do segundo tempo, Edgardo
Bauza promoveu a entrada de Alan Kardec no lugar de Hudson, que àquela altura
já tinha um cartão amarelo. Mas quem chegou primeiro foi o Nacional. Aos 11,
Borja invadiu a área pelo meio e bateu cruzado de esquerda, porém dessa vez
Denis agarrou a bola. Logo em seguida, Marlos Moreno deixou Mena para trás na
esquerda e chutou sem ângulo. A bola passou perigosamente rente à trave da meta
são-paulina.
A alteração do Patón pouco surtiu efeito. Tanto que os locais
continuaram mandando na partida. Aos 15 minutos, o time de Medellín por pouco
não colocou um ponto final na decisão: Borja passou por Rodrigo Caio, driblou
Denis e passou para Berrío que, sem goleiro, finalizou em cima de Bruno.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO NACIONAL-COL 2 X 1 SÃO PAULO
Local: Estádio Atanasio Girardot, em Medellín (Colômbia)
Data: 13 de julho de 2016, quarta-feira
Horário: 21h45 (horário de Brasília – 19h45 hora local)
Árbitro: Patricio Polic (CHI)
Assistentes: Marcelo Barraza e Christian Schiemann (ambos do CHI)
Cartões amarelos: ATLÉTICO NACIONAL: Mejía, Bocanegra.SÃO PAULO:
Hudson, Centurión, Thiago Mendes, Lugano, Wesley.
Cartões vermelhos: SÃO PAULO: Lugano e Wesley.
GOLS:
ATLÉTICO NACIONAL:Miguel Borja, aos 15 minutos do 1T e aos 32 minutos
do 2T.
SÃO PAULO: Calleri, aos 8 minutos do 1T.
ATLÉTICO NACIONAL: Armani, Bocanegra (Aguilar), Sanchez, Henriquez
(Diego Arias) e Díaz; Mejía e Pérez (Guerra); Berrío, Macnelly Torres e Marlos
Moreno; Borja.
Técnico: Reinaldo Rueda.
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Lugano, Rodrigo Caio e Mena (Carlinhos);
Hudson (Alan Kardec), Thiago Mendes, Wesley, Centurión (Luiz Araújo) e Michel
Bastos; Jonathan Calleri.
Técnico: Edgardo Bauza.
foxsports.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seus comentários, mas lembre-se que este blog é acessado por famílias, mulheres, e pessoas de bem.