“Eternizei a minha história de
vida para que isso, de alguma forma, possa servir de inspiração para as outras
pessoas”. Assim o baiano Claudio Vieira de Oliveira, que nasceu com a cabeça
virada para trás, em decorrência de uma doença rara, descreveu o lançamento da
autobiografia para o público em uma livraria de um shopping de Salvador, na
noite desta terça-feira (5).
Intitulado “O Mundo está ao Contrário”, o livro conta em 100 páginas a
trajetória de superação do baiano de Monte Santo, a cerca de 350 quilômetros da
capital baiana, que chegou a ser desenganado pelos médicos ao nascer. Hoje, aos
40 anos, ele trabalha fazendo palestras motivacionais em todo o país, e sua
história de vida repercutiu em jornais nacionais e internacionais.
Claudinho, como é carinhosamente chamado pelos amigos, tem a doença
Artrogripose Múltipla Congênita (AMC) e, além da cabeça para trás, ainda tem as
pernas atrofiadas e os braços colados no peitoral. O lançamento nacional do
livro ocorreu em maio, em São Paulo, mas essa foi a primeira vez que a obra foi
apresentada pelo autor em Salvador. O livro ainda será divulgado no centro
espírita Mansão do Caminho, no bairro de Pau da Lima, também na capital baiana,
na quinta-feira (7), às 19h.
“Um dos meus sonhos de infância era poder viajar, conhecer o Brasil e o
mundo, e eu consegui. Hoje, estou realizando outro sonho: o de lançar o meu
primeiro livro. Nele, conto tantas coisas boas que já aconteceram comigo na
vida. Conto como superei os meus desafios e como nunca deixei de sonhar. Conto,
na biografia, como sempre acreditei no meu potencial e deixo claro que, para
mim, não existem barreiras. Eu não vejo o mundo de cabeça para baixo; o mundo é
que está ao contrário”, disse.
O baiano, que teve o primeiro contato com a escrita aos seis anos e que
usa a boca para escrever, já foi alvo de um estudo de caso de uma pesquisa para
entender como ocorre a detecção de rostos pelo cérebro, comandada por
pesquisadores internacionais de psicologia. “Fiz curso de magistrado e fui
professor. Também consegui realizar o sonho de vestir uma beca depois que me
formei na faculdade. Hoje, sou diretor fiscal do Sindicato dos Contabilistas da
Bahia. Quero mais o quê?”, brinca.
Durante o lançamento do livro em Salvador, os participantes assistiram
a um vídeo com um resumo da história de Claudio e ainda puderam fazer perguntas
a ele sobre sua trajetória de vida. Perguntado sobre o que faz para poder se
divertir, Claudio disse: “Me divirto dançando, pulando, brincando, como uma
pessoa normal”. Depois, uma longa fila se formou para que o baiano pudesse
autografar os livros dos admiradores.
O baiano, que teve o primeiro contato com a escrita aos seis anos e que
usa a boca para escrever, já foi alvo de um estudo de caso de uma pesquisa para
entender como ocorre a detecção de rostos pelo cérebro, comandada por
pesquisadores internacionais de psicologia. “Fiz curso de magistrado e fui
professor. Também consegui realizar o sonho de vestir uma beca depois que me
formei na faculdade. Hoje, sou diretor fiscal do Sindicato dos Contabilistas da
Bahia. Quero mais o quê?”, brinca.
Durante o lançamento do livro em Salvador, os participantes assistiram
a um vídeo com um resumo da história de Claudio e ainda puderam fazer perguntas
a ele sobre sua trajetória de vida. Perguntado sobre o que faz para poder se
divertir, Claudio disse: “Me divirto dançando, pulando, brincando, como uma
pessoa normal”. Depois, uma longa fila se formou para que o baiano pudesse
autografar os livros dos admiradores.
A trajetória de Cláudio também inspirou crianças. A pequena Sofia
Salgado, de 10 anos, pediu à mãe o livro do baiano, a quem classificou de “guerreiro”.
“A vida dele é de muita dificuldade e mesmo assim ele conseguiu todas essas
conquistas. Gosto muito de ler e, se for uma história bacana e de superação,
gosto ainda mais”.
A mãe de Claudio, Maria José Vieira, que estava ao lado do filho
durante o lançamento do livro, afirma que o filho sempre se viu como uma pessoa
normal e que nunca reclamou da vida. “Ele foi criado comigo e com os irmãos. O
pai morreu quando ele tinha um ano de idade. Sempre tratamos ele como uma
pessoa normal, apesar de todas as dificuldades. Quando ele nasceu, o médico que
fez o parto disse que ele não iria sobreviver, porque estava com dificuldade
para respirar, mas ele mostrou que é forte e hoje está aqui com toda essa
determinação”.
Caso
Claudio Vieira nasceu no dia 1º de abril de 1976 em um parto normal.
Ele tem outros cinco irmãos, mas nenhum nasceu com AMC. O baiano afirma que, no
dia do seu nascimento, o médico chegou a dizer que ele tinha apenas 24 horas de
vida.
Ele contou que começou a se acostumar com sua forma física aos sete
anos, quando deixou de andar de forma rastejante para transitar de joelhos,
como acontece até hoje. Claudio aprendeu a ler e escrever em casa, depois de
pedir à mãe.
O baiano também já havia lançado um DVD sobre a sua história, em que
ele mesmo fez o projeto gráfico da capa. Em 2000, passou a dar depoimentos em
igrejas, a convite de amigos, e tomou o gosto para fazer palestras
motivacionais.
Por |G1BA
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