Campeonato terá alterações em diversos quesitos, como o tamanho padrão
do campo de jogo.
A CBF decidiu adotar as alterações nas regras do futebol para o começo
do Brasileirão 2016. As mudanças, definidas pela International Football
Association Board (IFAB), são consideradas as mais abrangentes em toda a
história de 130 anos da entidade. Em resumo, o livro de regras foi reorganizado
e atualizado para facilitar a leitura e o entendimento pelos árbitros e por
toda a comunidade do futebol. Para se ter uma ideia, cerca de 10 mil palavras
foram retiradas para que o texto ficasse mais claro e objetivo. As informações
são do analista de arbitragem Diori Vasconcelos, da Rádio Gaúcha.
Mesmo que em caráter simples, houve mudanças em 16 das 17 regras. A
única regra que não sofreu alteração foi a de número 2 (que fala sobre a bola).
Na manhã dessa quinta-feira, na sede da Federação Gaúcha de Futebol, houve uma
palestra com Milton Otaviano, instrutor da CBF e ex-assistente Fifa, para
esclarecer o que muda a partir do próximo final de semana no Brasileirão. As
mudanças nas regras também serão válidas a partir da terceira fase da Copa do
Brasil, Copa América e outras competições nacionais e internacionais.
Seguem as principais mudanças que estarão em vigor a partir de agora:
REGRA 1 – O CAMPO DE JOGO
– O importante aqui é que as entidades poderão estabelecer o tamanho
dos campos para suas competições, dentro dos limites da regra. A CBF anunciou
que vai adotar a dimensão de 105 metros de comprimento por 68 metros de
largura. Com isso, os campos do Brasileirão terão tamanho padrão.
REGRA 3 – OS JOGADORES
– O árbitro poderá expulsar um jogador antes do começo do jogo. Desde o
momento em que o juiz entra em campo para a inspeção no gramado, passa a ter
esse poder.
– Caso um jogador reserva, substituído ou até um integrante da comissão
técnica cause interferência no jogo, um tiro livre direto será marcado e haverá
a expulsão do infrator. Exemplo: uma bola está entrando no gol e um jogador
reserva que estava aquecendo na linha de fundo invade o campo e impede o gol. O
árbitro marcará pênalti e aplicará cartão vermelho. Caso um gandula ou um
torcedor ou um elemento externo ao jogo cometa a mesma infração, a partida
seguirá sendo reiniciada com bola ao chão. Porém, se um gandula tenta evitar um
gol e toca na bola, mas não consegue impedir que a bola entre, o gol será
validado.
REGRA 4 – EQUIPAMENTO DOS JOGADORES
– O jogador pode voltar com o jogo em andamento após trocar/corrigir o
equipamento, que deve ser checado (pelo árbitro, 4ºárbitro ou árbitro
assistente) e o árbitro autorizar. Anteriormente, o jogo precisava estar
parado, pois a verificação deveria ser feita somente pelo árbitro.
REGRA 5 – O ÁRBITRO
– Se ocorrer mais de uma infração ao mesmo tempo, a mais grave será a
punida. Ordem de gravidade: sanção disciplinar (vermelho mais grave do que
amarelo, etc¿); tiro livre direto é mais grave do que tiro livre indireto;
infração física (contato) é mais grave do que a não física (mão na bola,
impedimento); impacto tático. Exemplo polêmico: em um escanteio, ao mesmo
tempo, dentro da grande área, um atacante puxa um zagueiro e outro zagueiro
puxa outro atacante de maneira simultânea. O que o árbitro deve fazer? Em
infrações simultâneas, a mais grave será marcada. Ou seja, pênalti.
REGRA 8 – O INÍCIO E REINÍCIO DE JOGO
– A principal mudança é o fato de que a bola poderá ser chutada em
qualquer direção no pontapé inicial de um jogo. Anteriormente, a bola
obrigatoriamente deveria ser chutada para frente. Então, era comum a presença
de dois jogadores no tiro de saída. Um deles dava um toque curto para frente e
o outro dava o passe para trás. Agora, o toque para frente não é mais
necessário.
REGRA 9 – A BOLA DENTRO E FORA DE JOGO
– Apenas o esclarecimento de que a bola continua em jogo se, ainda
dentro dos limites do campo, bater em qualquer um dos árbitros. Isso inclui
árbitros assistentes adicionais. Essas mudanças decorrem do ingresso da figura
do árbitro assistente adicional, popularmente conhecido como árbitro de gol.
REGRA 10 – DETERMINANDO O RESULTADO DA PARTIDA
– Quando um jogo for decidido nos pênaltis, o árbitro realizará dois
sorteios antes das cobranças. O primeiro para definir o lado e o segundo para
definir quem começa batendo.
REGRA 11 – IMPEDIMENTO
– Houve a colocação de alguns pontos que não ficavam claros pelo texto
anterior. Destaco três:
1) A linha que divide o gramado é neutra para o impedimento. Um jogador
pisando na linha, portanto, é considerado como no próprio campo e não será
punido com impedimento.
2) Ao julgar uma posição de impedimento não serão levados em conta os
braços dos jogadores, INCLUSIVE DOS GOLEIROS. A parte referente aos goleiros
não estava clara.
3) Posição de impedimento não é infração. Só será no momento em que o
jogador estiver envolvido em jogo ativo.
REGRA 12 – FALTAS E INCORREÇÕES
– Quando a falta envolver contato físico será sempre tiro livre direto.
– Tentativa de conduta violenta é cartão vermelho, mesmo sem haver
contato.
– Nem todo lance de mão na bola é motivo de cartão amarelo. A punição
está vinculada ao contexto da infração. Se impede ataque promissor, amarelo. Se
impede chance clara e imediata de gol, vermelho.
– Infração com contato físico contra o árbitro, oficial da equipe,
jogadores substituídos, passa a ser punida com tiro livre direto. Exemplo: com
o jogo em andamento, o defensor atinge o árbitro com um soco dentro da área. O
zagueiro será expulso e o árbitro marcará pênalti para o time adversário.
– Falta fora de campo passa a ser tiro livre direto sobre a linha no
ponto mais próximo de onde ocorreu a infração. Exemplo: se um jogador, que está
nos limites laterais da grande área, mas está fora de campo, ou seja, além da
linha de fundo, é atingido por um adversário, o árbitro marcará pênalti. No
texto anterior, não haveria falta com o jogador fora de campo.
– E o mais importante: Quando um jogador impedir um gol ou uma clara
oportunidade de gol da equipe adversária com falta de mão deliberada, o jogador
deve ser expulso onde quer que a falta ocorra. Quando um jogador cometer uma
falta contra um adversário, dentro da própria área penal, que impedir um gol ou
uma clara oportunidade de gol do adversário e o árbitro conceder um tiro penal,
o jogador infrator será advertido com cartão amarelo, salvo se: a falta for de
segurar, puxar ou empurrar; o jogador infrator não tentar jogar a bola, ou
quando não houver possibilidade de jogar a bola; a falta for punível só com
cartão vermelho, independente da parte do campo em que ocorra (exemplo: falta
grave, conduta violenta, etc¿). Nesses casos, o jogador será expulso. Então,
quando não será? Um exemplo: um jogador atacante ingressa na área, toca a bola
para o lado para fazer o drible e o goleiro, visando a bola, tenta interceptar
a jogada e acaba cometendo o pênalti, o árbitro marcará a infração, mas
aplicará o cartão amarelo e não mais o vermelho.
REGRA 14 – O TIRO PENAL
– Detalhamento de quando será aplicado amarelo e em quais casos o árbitro
mandará repetir um pênalti ou quando concederá um tiro livre indireto para a
equipe defensora por alguma infração cometida pela equipe atacante. Exemplo 1:
o pênalti deve ser chutado para frente. Caso um jogador chute para trás, a
cobrança não será repetida. O árbitro marcará tiro livre indireto para a equipe
defensora e aplicará amarelo para o jogador. Exemplo 2: outro caso importante é
que quando o goleiro se adiantar para uma defesa e o árbitro mandar voltar a
cobrança, o goleiro deverá ser advertido com cartão amarelo.
Fonte; Rádio Gaucha
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