Sem Marcelo Díaz, o Flamengo foi atrás de outro jogador sul-americano
para reforçar seu meio de campo. O escolhido é Gustavo Cuéllar. A diretoria
rubro-negra adota cautela e ainda não confirma a contratação. O
"furo", porém, veio do Deportivo Cali, time em que o Fosforito,
apelido do ruivo colombiano, apareceu para o futebol. Com passagens por
seleções de base - fez dois gols no Mundial de 2009 na Nigéria - e pela
principal, onde usou a camisa 5, o volante chega para disputar posição com
Márcio Araújo, dono da camisa 8 do Flamengo. Coincidentemente o número
preferido do colombiano.
Aos 23 anos, o jovem jogador nascido em Barranquilla é fã do futebol de
Neymar, a quem considera o jogador mais difícil de marcar que já enfrentou, e
se define como um viciado em futebol. A ponto de causar ciúme e irritar a
mulher Gueraldin, com quem se casou em 20 de dezembro de 2014. Romântico, ele
tem a marca da paixão com a parceira no braço, em uma das quatro tatuagens que
carrega no corpo. E um traço em comum com a esposa.
- Sou temperamental, igual a ela (a esposa). É uma coisa que tenho que
melhorar - admitiu o jogador em perfil publicado pelo jornal de Barranquilla,
El Heraldo. - Penso em futebol 24 horas por dia. Minha esposa me critica porque
vejo jogos repetidos, quero ver as notícias, depois assisto a mais jogos...
(risos).
O interesse do Cruzeiro por pouco não fez o jogador mudar de rumos no
fim do ano passado. Cuéllar chegou a falar como novo jogador do time mineiro,
mas o negócio desandou. Ele vê no futebol brasileiro um trampolim para a Europa
- onde gostaria de jogar na Espanha ("pelo meu estilo de jogo, me
adaptaria melhor lá. Tratam melhor a bola", explica). Contratado por
empréstimo em julho de 2014 pelo Junior de Barranquilla, ele celebrou a cidade
onde nasceu e começou a jogar futebol ainda criança com o título da Copa
Colombia de 2015. Talento que chamou a atenção do treinador argentino da
seleção principal José Pekerman, Cuéllar atua como meia centralizado, à frente
dos zagueiros. Ele evita faltas e tenta sair para o jogo.
Dois jornalistas colombianos apostam no sucesso de Cuéllar no futebol
brasileiro. Diego Saviola, da Rádio Caracol, vê qualidade na saída de bola e
destaca a rapidez de movimentação no combate. Antônio Cortez, da RCN, o define
como "um volante de recuperação".
- É muito técnico e apoia os jogadores de construção do setor. Não faz
gols com frequência, mas para a posição sabe marcar sim - comenta Cortez.
FONTE;GLOBOESPORTE.COM
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