Comissão de Direitos Humanos aprova plebiscito sobre casamento gay
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados aprovou
nesta quarta-feira (20) a convocação de um plebiscito sobre a união civil de
pessoas do mesmo sexo e a suspensão da decisão do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) que obriga os cartórios a registrarem casamentos entre homossexuais. As
duas propostas foram aprovadas em votação unânime.
A matéria que dispõe sobre o plebiscito, cuja pergunta é “Você é a
favor ou contra a união civil de pessoas do mesmo sexo?”, seguirá para análise
da Comissão de Finanças e Tributação e depois para a Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ). Já a que susta a decisão do CNJ vai para a CCJ.
A primeira proposta é de autoria do deputado André Zacharow (PMDB-PR).
O parlamentar argumenta no texto que, “ainda que se tente pacificar a questão
mediante uma reforma constitucional ou infraconstitucional congressual, sem a
consulta popular será inútil” deliberar sobre a união entre pessoas do mesmo
sexo, e “apenas se acirrará os ânimos divergentes”.
Já a outra proposta aprovada representa uma segunda tentativa da
bancada evangélica de suspender a determinação do CNJ. Logo após o CNJ ter
aprovado a resolução que veda às autoridades competentes “a recusa de
habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em
casamento entre pessoas de mesmo sexo”, o PSC, partido do deputado Marcos
Feliciano (SP), presidente da CDH, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF)
para suspender a decisão. O ministro Luiz Fux arquivou a ação.
O deputado Arolde de Oliveira (PSD-RJ), autor da proposta aprovada hoje
na CDH, argumenta que o CNJ “extrapolou suas competências” e “usurpa a
competência constitucional do Congresso Nacional” de elaborar leis.
A CDH também rejeitou nesta quarta-feira o projeto que inclui na
situação de dependente, para fins previdenciários, o companheiro homossexual do
segurado do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Fonte: Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seus comentários, mas lembre-se que este blog é acessado por famílias, mulheres, e pessoas de bem.