Hoje fazem exatos 30 anos da morte do eterno Mané Garrincha, acompanhe
algumas curiosidades, e frases sobre o mito.
A EXPLOSÃO NO BOTAFOGO.
Foi o Botafogo quem abriu as portas para Garrincha. E levou um susto já
nos primeiros treinos. Aquele jogador de corpo estranho, saído do interior,
ousou driblar o mitológico Nilton Santos de tudo que era jeito com suas pernas
tortas. Era uma nova história nascendo. Em mais de uma década com a camisa
alvinegra, Mané se tornou eterno. Ganhou três vezes o Campeonato Carioca e
venceu duas edições do Roberto Gomes Pedrosa, além de um Rio-São Paulo.
A PRIMEIRA COPA DE GARRINCHA
O desempenho arrasador pelo Botafogo foi o caminho para a Seleção.
Já na primeira Copa, veio o primeiro título. Mané Garrincha deixou os
suecos boquiabertos com seus dribles. Foi o mágico daquele Mundial. Não fez
gols, mas foi decisivo. Na final, deus dois passes para Vavá
virar sobre a Suécia e encaminhar a goleada de 5 a 2. Era a consolidação
do mito. Mas a relação dele com a Seleção se tornaria ainda mais forte na Copa
seguinte.
A CONSAGRAÇÃO NO CHILE
Veio 1962, veio a Copa do Mundo do Chile, veio a consagração de
Garrincha. Com Pelé lesionado logo na largada do Mundial, Mané assumiu o papel
de craque da equipe. Fez quatro gols: dois nas quartas de final, diante da
Inglaterra, e outros dois nas semifinais, contra o país-sede. Foi expulso, mas
jogou a final mesmo assim. Com 39 graus de febre, carregou o Brasil à vitória
de 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia e ao bicampeonato mundial.
UM MITO EM DECADÊNCIA.
Gênio, idolatrado, bicampeão do mundo. E alcoólatra. As glórias de
Garrincha foram embebidas em porres. Mané convivia com o álcool desde a
infância, na pequena localidade de Pau Grande-RJ. Quando adulto, só piorou. As
bebedeiras passaram a prejudicar o futebol. Acabou a relação com o Botafogo. E
o gênio passou a perambular por outros clubes, alguns minúsculos, até largar a
bola.
O ADEUS AO GÊNIO DAS PERNAS TORRAS.
Mergulhado no álcool, marcado pelo fracasso na Copa de 66, envolvido em
uma relação polêmica com a cantora Elza Soares, musa da época, Garrincha teve
seus últimos suspiros, incluindo uma emocionante despedida no Maracanã. Mas ele
tinha os dias contados. Em 20 de janeiro de 1983, deixou a vida, vitimado por
consequências da cirrose. Morreu sozinho, em uma clínica especializada em
distúrbios mentais. Foi velado no Maracanã.
FRASES SOBRE GARRINCHA.
"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e
farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar”. e tudo e de todos". (Carlos Drummond de Andrade)
“Jogamos 12 anos e nunca perdemos juntos. O Garrincha era um jogador
muito individualista, mas para o time era maravilhoso. Todo time precisava de
dois, três para marcar o Garrincha, mais um, dois para marcar o Pelé”. Aí os
caras estavam ferrados (Pelé).
"Foi o Mané que deu aquela Copa para o Brasil. Para mim, eram 11
Manés dentro de campo.
Eu lembro da pureza e da inocência dele: do quanto ele foi ingênuo, do
quanto ele podia nos dar e do quanto ele nos deu". (Elza Soares).
"Garrincha foi o homem que mais alegrias deu em toda a história do
futebol. Quando ele ali estava, o campo
era uma pista de circo; a bola, um animal amestrado; o jogo, um convite à festa." (Eduardo
Galeano)
"Aí é que está o milagre: — o povo ria antes da jogada, da graça, da
pirueta. Ria adivinhando que Garrincha ia fazer a sua grande ária, como na
ópera." (Nelson Rodrigues)
Fonte; Globo Esporte
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