Os produtores de cacau da Bahia estão comemorando a volta das chuvas, que
deve evitar a queda da produção do próximo Temporão, mas, estão ainda, sofrendo
com os preços de comercialização. De safra em safra, o receio dos produtores
com o preço se repete. E mais uma vez, o ano iniciou com a cotação no mercado
interno em baixa, dificultando novos investimentos na lavoura e desanimando
grande parte dos produtores.
De acordo com o analista de mercado, Thomas Hartmann, os preços estão
baixos por causa da queda simultânea das cotações mundiais e do diferencial
pago pelos compradores locais em relação com as cotações na Bolsa. “Ambas as
quedas foram causadas pela existência de estoques elevados de cacau e
perspectivas de ampla produção num quadro de consumo estagnado em termos
mundiais, embora esteja em expansão no Brasil e alguns outros mercados
emergentes, mas que representam uma parcela relativamente pequena do consumo
global”, informou Thomas.
Muito influenciado pelo mercado internacional, o valor oscila bastante e
o futuro dos preços é incerto, além disto, diversos fatores influenciam a
formação no mercado interno, como o prêmio pago pelas indústrias. Mas, ainda de
acordo com Hartmann, não haverá uma alta significante, mas deverão ocorrer
elevações nos preços. “Não há perspectivas de uma alta significante das
cotações externas, mas poderá haver uma elevação dos diferenciais pagos no
mercado interno dentro dos próximos 2-3 meses.”, afirmou o analista.
Ontem, 23, o contrato de Março/13 em Nova Iorque fechou em baixa de $72
cotado a $2213 no horário oficial e terminou o dia em $2223. O mesmo contrato
em Londres caiu £40 para fechar em £1443. Os volumes negociados somaram 33.483
contratos em Londres e cerca de 35.000 em Nova Iorque. Os preços no mercado do
produtor da Bahia baixaram para R$63,00 –63,50/arroba. Fonte: Mercado do Cacau.
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