A Bahia fecha 2012 como o primeiro Estado do País, proporcionalmente à
população, em número de pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família, programa do
governo federal de combate à pobreza. Ao todo, 1,8 milhão de famílias receberam
o benefício. Atrás da Bahia estão São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Elas foram incluídas no programa, entre os 2,8 milhões inscritos, por
terem renda mensal de até R$ 70, isto é, estão na faixa de extrema pobreza, de
acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social Combate à Fome (MDS). A média
de integrantes por família, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (Sedes), é de três pessoas. Isso significa que pouco mais de um
terço da população do Estado (cerca de 5 milhões) é diretamente beneficiada
pelo programa. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a Bahia conta com 14 milhões de habitantes.
O aumento médio de inscrições é de 100 mil famílias por ano. Neste ano,
até novembro, foi registrado um crescimento de 300 mil. "O maior acesso a
informação sobre o programa facilitou o cadastro, contribuindo para o aumento.
Outro fator é o enquadramento de mais pessoas às exigências do MDS",
explica a coordenadora regional do Bolsa Família, Luciana Santos.
Oito milhões de pessoas estão inscritas no cadastro único do governo
federal, o que equivale a 58% da população do Estado, segundo a coordenadora
que também informa que a inscrição não assegura o recebimento do benefício.
Dados do MDS atestam que, em novembro deste ano, o valor total transferido às
famílias atendidas alcançou R$ 244 milhões. A quantia, de acordo com a Sedes,
responde por 2,04% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia. "Cerca de 122
municípios do Estado são dependentes do programa. Com o benefício, que varia de
R$ 32 a R$ 306, os inscritos podem ter acesso a bens que anteriormente não eram
possíveis", afirmou Luciana Santos.
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