Joaquim Barbosa, filho de uma evangélica será o novo presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF)
Filho de uma evangélica será o novo presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF)
O ministro Joaquim Barbosa foi
eleito presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), por 9 votos a 1. O
magistrado atribui muito do seu perfil à influência de Benedita, sua mãe,
evangélica da Assembleia de Deus há 45 anos.
O ministro assumirá mandato de
dois anos, a partir de novembro, quando o atual presidente da Corte, ministro
Carlos Ayres Britto, se aposentará compulsoriamente ao completar 70 anos. A
Corte também elegeu o ministro Ricardo Lewandowski como vice-presidente.
Tradicionalmente, a presidência
e a vice-presidência do STF são ocupadas pelos ministros mais antigos da Casa
que ainda não ocuparam os cargos. Ambos foram eleitos por 9 votos a 1 porque os
futuros dirigentes não votam em si mesmos.
Barbosa é ministro do STF desde
2003 e foi nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante quase
20 anos, atuou como procurador do Ministério Público Federal (MPF). Ele será o
quinquagésimo presidente da história do STF.
Sua eleição foi saudada pelo
decano da Casa, ministro Celso de Mello. “Tenho certeza que, agindo com
sabedoria, segurança e prudência, saberá superar os obstáculos que são tão
comuns ao exercício da presidência”.
A eleição de Lewandowski foi
comentada pelo presidente da Casa, Carlos Ayres Britto, que lembrou da passagem
“exitosa” do ministro na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
recentemente. “Farão dupla de dirigentes a altura das melhores tradições do
STF”. Também saudaram a dupla o procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
e o advogado Roberto Caldas.
Barbosa agradeceu a confiança
dos colegas e disse que tem “satisfação e elevada honra em ser eleito e
futuramente exercer a presidência”. A atuação de Barbosa na presidência chegou
a ser questionada recentemente pelo ministro Marco Aurélio Mello, quando o
futuro presidente se exaltou durante o julgamento da Ação Penal 470, conhecida
como processo do mensalão.
Lewandowski disse que o STF
passa por um “momento auspicioso”, e que, a despeito de seu papel de
coadjuvante, fará tudo para que Barbosa tenha uma “administração plena de êxito
como o Brasil espera”. Nos últimos meses, Barbosa e Lewandowski têm apresentado
posições divergentes e vêm trocando farpas durante o julgamento do mensalão,
processo de que são relator e revisor, respectivamente.
Após a votação, foi retomado o
julgamento da Ação Penal 470, com o voto do decano Celso de Mello. Em seguida,
o ministro Carlos Ayres Britto conclui a votação do Capítulo 6, que trata da
compra de apoio político.
Informações da Agência Brasil
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