Esse é um dos temas apresentados
no XXII Congresso Norte Nordeste de Urologia que acontece até sábado (23) no
Hotel Deville Prime, em Salvador
O primeiro dia do XXII Congresso
Norte Nordeste de Urologia, realizado ontem (21) em Salvador, levantou algumas
informações relevantes: o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os
homens brasileiros, perdendo apenas para o câncer de pele não-melanoma. Na
Bahia, o risco de incidência do câncer de próstata torna-se maior devido ao
perfil étnico da população, com a prevalência de 80% de negros e pardos,
conforme a última pesquisa do IBGE. Nos afrodescendentes, a probabilidade de
ter a doença é 60% maior, com o dobro de mortalidade.
Mais do que qualquer outro tipo,
o tumor de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de
75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas
taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução
dos métodos diagnósticos, pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação
do país e pelo aumento na expectativa de vida.
O melhor formato de rastreamento
para a detecção precoce da doença, que amplia as chances de cura e a qualidade
de vida dos pacientes, foi discutido no I Simpósio Norte-Nordeste de
Uro-Oncologia, realizado no escopo do XXII Congresso Norte Nordeste de Urologia.
"Ainda que o padrão de diagnóstico preconizado por sociedades
internacionais oriente o rastreamento de homens de 50 a 69 anos, na Bahia,
entre os afrodescendentes com história familiar, os exames devem acontecer a
partir dos 45 anos. E apesar de ainda ser tratado com estigmas pelo público
masculino, o exame de toque e a dosagem do PSA são indispensáveis. Vale
salientar que o teste de PSA reduziu a mortalidade em 40%, depois que passou a
fazer parte do arsenal de rastreamentol", explicou um dos palestrantes, o
médico urologista do Rio Grande do Sul, Gustavo Carvalhal.
Vigilância ativa - Alguns tumores
podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar
à morte. A maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos
para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a
saúde do homem. É justamente para esse público que existe a Vigilância Ativa,
uma estratégia de acompanhamento voltada para pacientes com doença indolente.
Pacientes com doença clinicamente significativa, por outro lado, devem ser
tratados por radioterapia ou cirurgia, como explica o médico urologista Augusto
Modesto.
Segundo ele, como o tratamento do
câncer de próstata traz uma grande morbidade, além da impotência e incontinência
urinária, existia um padrão de tratamento radical com ampla abordagem cirúrgica
e radioterapia em pacientes que tinham o perfil de serem acompanhados. Diante
disso, passamos a adotar protocolos criteriosos desenvolvidos em serviços europeus, canadenses e americanos
para acompanhar de perto e de forma ativa os pacientes com a doença mais
indolente. Nesses casos, só quando há um avanço da doença é que são aplicadas
medidas enérgicas como cirurgia ou radioterapia. Sendo assim, os critérios de
tratamento tornaram-se individualizados, de acordo com o grau da doença.
“Na minha prática clínica,
utilizo critérios internacionais de dois serviços com o maior número de
pacientes em vigilância ativa. Anualmente, é realizada uma ressonância
magnética e uma nova biópsia para acompanhar se houve avanço. Com isso,
preserva-se mais pacientes poupando-os das morbidades atreladas ao tratamento
do câncer de próstata (impotência de 30 a 40% e incontinência urinária de 5 a
15%, também nas melhores séries). A vigilância não é um tratamento, é uma
estratégia que, adotada de forma correta e com boa indicação, acaba melhorando
a qualidade de vida do paciente que tem doença indolente", concluiu o
urologista Augusto Modesto.
Configurado em módulos temáticos,
o XXII Congresso NOrte Nordeste de Urologia se diferencia tanto pela amplitude
e densidade de sua programação científica quanto pelos profissionais que atuam
como facilitadores de cursos e mesas redondas. Dentro do escopo do evento,
acontece, ainda, o curso de Cirurgia Robótica, que inclui treinamento com um
simulador; o tutorial de Urologia Pediátrica; o módulo de Uroginecologia E
cursos práticos de Litíase e Green Light, todos ministrados por quem entende
muito de cada um desses temas.
ASCOM:
Cinthya Brandão - (71) 99964-5552
Carla Santana - (71) 99926-6898.
Na pratica , o assunto para aqueles que devem realizar o exame é quase um TABU. Mas é necessário fazer-lo, e acima de tudo ter consciencia de ter que se cuidar....
ResponderExcluirAbcs,
Estou em:
https://divulgak.blogspot.com/