Insatisfeito com a
escalada da violência na cidade, o empresário Renê Willians, proprietário de um
supermercado no bairro Curral Novo, em Jequié, decidiu convocar outros
comerciantes e moradores da localidade para promover, nesta quarta-feira (22/7)
um ato público inusitado: o velório e sepultamento da ”segurança pública”.
”Contratamos esse velório e vamos fazer o sepultado simbólico no Cemitério São
Sebastião, aqui no bairro, porque já não suportamos mais conviver com essa
situação de insegurança”, desabafou.
Ele faz questão de
salientar que a iniciativa visa unir forças de todos em defesa de direitos
assegurados. ”Não se trata de um protesto para confrontar com ninguém e sim com
a finalidade de buscar apoio para a resolução dos problemas que enfrentamos”,
destacou. Renê foi vítima de assalto à mão armada na segunda-feira, 20, nas
proximidades do seu estabelecimento comercial quando se dirigia a uma agência
bancária com R$ 28 mil (vinte e oito mil reais). Dois marginais, a bordo em uma
motocicleta, levaram toda a quantia. ”Colocaram o revólver na minha cabeça, me
retiraram do carro e levaram todo o dinheiro que eu ia depositar no centro da
cidade”, relatou. Revoltado com a situação, o comerciante anunciou o fim das atividades
do Correspondente Bancário, o único do bairro, que funcionava no seu
supermercado.
O comerciante, que já
foi vítima de vários outros assaltos em Jequié, afirmou que o mais revoltante
foi o fato de ele ter acionado a polícia militar e o socorro ter chegando
somente uma hora e 50 minutos depois. ”Todas as pessoas que presenciaram o meu
sofrimento e a minha angústia também ficaram revoltadas com a falta de
assistência em um momento de extrema necessidade”, concluiu. *Informações do
site Jequié e Região
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