Sindicatos e
associações que representam caminhoneiros aceitaram na noite desta quarta-feira
(25) os termos do acordo proposto pelo governo para colocar fim aos protestos
da categoria, que nos últimos dias promoveu bloqueios em rodovias por todo o
país, gerando, inclusive, desabastecimento de produtos em algumas regiões.
Entretanto, o acordo
não contou com o apoio de Ivar Luiz Schmidt, que se diz representante do
Comando Nacional do Transporte, movimento que, segundo ele, é responsável por
cerca de 100 pontos de bloqueio nas estradas.
Schmidt, que chegou a
ser impedido de participar das negociações durante todo o dia na sede do
Ministério dos Transportes, em Brasília, afirmou, no início da madrugada desta
quinta (26), por telefone, que “continua tudo bloqueado.” De acordo com ele, os
pontos de bloqueio, que até o momento restringiam apenas a passagem de caminhões
transportando produtos não-perecíveis, podem passar a barrar inclusive carro de
passeio. “[A manutenção dos bloqueios] É pro governo saber quem é a liderança
que devem procurar”, disse Schmidt.
Para chegar a um acordo
com a categoria, o governo se comprometeu a sancionar sem vetos a Lei dos
Caminhoneiros, não reajustar o preço do diesel nos próximos seis meses e
facilitar o financiamento de caminhões.
Antes da reunião em
Brasília, o governo conseguiu na Justiça a liberação das rodovias federais em
11 estados. Porém, até as 20h desta quarta, os caminhoneiros mantinham
bloqueios em seis deles.
G1
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