BRASÍLIA — A partir de
segunda-feira, dia 2 de março, a conta de luz dos consumidores de 58
distribuidoras de energia de todo o país vai aumentar. O reajuste médio será de
23,4%, mas em alguns casos, ficará bem mais alto, como para os clientes da AES
Sul (RS), que será de 39,5%. Os clientes da Bragantina (SP) pagarão mais 38,5%
na conta de luz. No Rio, a tarifa da Light vai aumentar em média 22,5%. A
Ampla, que abastece boa parte da região metropolitana e do interior fluminense,
não passará pela revisão tarifária neste momento, porque seu dia de reajuste é
15 de março, data em que todos os custos são incluídos na tarifa.
A diretoria da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta sexta-feira os pedidos de
revisão extraordinária das distribuidoras. Ela levou em conta o aumento da CDE,
da energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu que subiu 46%, e os custos das
empresas com a compra de energia nos leilões.
No caso da energia de
Itaipu, segundo a Aneel, ela representa cerca de 20% da compra de energia das
empresas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
BANDEIRAS TARIFÁRIAS
A Aneel também aprovou
nesta sexta-feira o aumento dos valores das bandeiras tarifárias. O novo valor
da bandeira tarifária vermelha para o ano de 2015, passa de R$ 3,00 por
quilowatt/h (kWh) para R$ 5,50 o kWh, um aumento de 83%. A bandeira tarifária
amarela sobe de R$ 1,50 a cada 100 kWh para R$ 2,50 o kWh. Estes foram os
mesmos valores que estavam em audiência pública. Com o sistema, as contas de
luz podem ter aumentos mensais se a bandeira for vermelha ou amarela, e Em
janeiro e fevereiro, a bandeira tarifária ficou vermelha e deverá permanecer
assim a maior parte do ano em todos os subsistemas do país -
Sudeste/Centro-Oeste (regiões Sudeste e Centro-Oeste, Acre e Rondônia); Sul
(região Sul); Nordeste (região Nordeste exceto o Maranhão) e Norte (região
Norte, exceto Pará, Tocantins e Maranhão).
O governo centralizou
em uma única conta, uma espécie de fundo, os recursos arrecadados dos
consumidores pelas distribuidoras com a cobrança das bandeiras tarifárias. No
início deste mês ele baixou um decreto criando a “Conta Centralizadora de
Recursos das Bandeiras Tarifárias” e determinado que os valores depositados na
conta são administrados pela Câmara Comercializadora de Energia Elétrica
(CCEE).
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