Passei o final de semana ajudando
na faxina de casa, colocando meu trabalho em dia e refletindo sobre o atual
momento pelo qual passa o mundo. Em meio a chegada dessa pandemia – digo
chegada pois ainda não consta casos em minha cidade – que nos rodeia consigo
enxergar uma luz no fim do túnel e percebo que existe nesse momento um
pensamento único em todo o planeta. Sinto que o mundo nesse instante pulsa e
pensa em uma solução; uma vacina que cure e elimine esse vírus.
Nunca imaginei que viveria para
ver isso. Nunca pensei que iria ver o mundo parar (Raul imaginou) e se
enclausurar entre quatro paredes. É estranho e ao mesmo tempo curioso saber que
grande parte do mundo está pensando o mesmo que eu. Apesar de todo o mal que
esse vírus está causando na humanidade eu percebo que algo de bom aconteceu com
a raça humana. O coronavírus chegou e trouxe com ele a morte eminente de idosos
e portadores de doenças crônicas (o lado triste), mas também está revigorando a
compaixão humana, o amor ao próximo, a solidariedade em grande parte do mundo,
a paz momentânea de guerras fúteis, por uma guerra de verdade, onde o combate é
contra um vírus e não contra o teu semelhante.
O momento é de tristeza pelos
mortos pelo mundo; de incerteza para os próximos meses e de solidariedade e
espera. A falta de um tratamento ou de um remédio eficaz faz com que fiquemos
em casa. Esse período de confinamento pode nos servir para rever nossos
valores, vivendo mais nossa família, orando e conversando diariamente com Deus
e planejando um provável futuro pós-pandemia.
Acredito que teremos uma nova
chance, afinal o que é pedido é pouco e suportável. Ficar em casa não é nenhum
castigo. Acabei de usar uma frase em outro texto que diz que depois da
tempestade vem a bonança. Estamos passando por essa tempestade em um barco
seguro, guiados pelo nosso comandante maior (Deus), e com um pouquinho de
esforço teremos a bonança.
O Brasil já passou por crises
piores na saúde. A Gripe Espanhola é um exemplo que o país superou no início do
século 20. Essa pandemia vai passar, deixando lições, questionamentos e a
certeza que sim, precisamos do próximo, pois verdadeiramente não somos
autossuficientes, e como diz uma música de Tom Jobim, é impossível ser feliz
sozinho.
Arnold Coelho
Marido, pai, avô e inquilino
desse planeta Terra--
Arnold Coelho
arnoldcoelho@gmail.com
9123-2417
8182-2628
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