O ex-presidente Lula enfrentou a
pior semana do ano na Lava Jato com os depoimentos de seus ex-amigos à juíza
Gabriela Hardt, que substituiu o juiz Sérgio Moro nos processos da 13.ª Vara
Federal de Curitiba.
Os empresários Emílio Odebrecht,
Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro confirmaram na Lava Jato que as obras bancadas
por suas empresas no sítio de Atibaia eram do conhecimento de Lula e teriam
sido feitas como contrapartida a vantagens obtidas junto ao petista em
contratos governamentais.
Em seu depoimento à juíza
Gabriela Hardt, Marcelo Odebrecht afirmou que as obras no sítio de Atibaia eram
para ‘pessoa física de Lula’.
Seu pai, Emílio Odebrecht disse
que não podia negar reforma de sítio por causa dos mais de 20 anos de amizade e
favores obtidos junto a Lula.
Nesta sexta-feira (9), o
ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, disse que Lula pediu pessoalmente por
reformas no sítio, que o ex-presidente nunca perguntou sobre quanto seria gasto
e detalhou encontros e conversas que manteve com Lula.
Pinheiro disse ter encontrado com
Lula em três ocasiões para falar sobre a reforma. "Eu tive com ele e com
dona Marisa no sítio e na casa, na residência dele em São Bernardo. Eles que
determinaram tudo o que devia ser feito" afirmou Léo Pinheiro à juíza Gabriela
Hardt.
São três depoimentos devastadores
de ex-amigos e cúmplices de Lula nos crimes em que ele é investigado no
processo que está em fase final. Diante de provas e confissões tão
contundentes, aliados de Lula consideram que o petista não escapará de mais uma
condenação na Lava Jato.
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