Ainda atordoado com a derrota do
PT nas urnas, o grande articulador do partido e ex-ministro José Dirceu tentou
encontrar explicações para a vitória do presidente Jair Bolsonaro nas eleições
de outubro. Em entrevista publicada na ISTOÉ, o mensaleiro condenado afirmou
que "Os programas diurnos sobre a questão policial e do crime instigam
essa mentalidade que o Bolsonaro representa. Os programas plantaram as sementes
para o Bolsonaro ter essa votação".
O governo de Bolsonaro nem
começou ainda e Dirceu já prega na entrevista que o Brasil precisa de uma
repactuação e diz que “Se eles não concordarem, vai acontecer o mesmo que
aconteceu à ditadura militar: uma hora ela cai”.
Inconformado com a decadência do
PT e de seu grande líder que se tornou um presidiário, Dirce tenta se apropriar
de conquistas históricas e diz que "O Brasil mudou para melhor, até porque
implantamos uma democracia. Agora está havendo uma regressão de direitos
sociais, cultural, porque Bolsonaro significa uma regressão cultural perigosa
por causa do fundamentalismo religioso e do falso moralismo".
Mesmo entre um raciocínio e
outro, Dirceu não consegue ocultar suas frustrações, mágoas e um inquietante
desejo de revanche. O 'professor' admite que os métodos do PT estão
ultrapassados e reconhece a necessidade de aprender com os 'coxinhas'. O
condenado na Lava Jato afirma que, diante da impossibilidade de retomar a luta
armada, será preciso se organizar melhor: "O que temos que fazer é fazer a
resistência popular nas ruas. Temos que aprender com os coxinhas. Organizar o
povo e fazer o que eles fizeram, colocando na rua seis milhões de coxinhas ou
de setores conservadores das classes médias que se opunham ao governo — o que é
legítimo. E derrubaram pelo parlamento e pelo Poder Judiciário. E, se houvesse
resistência, teriam derrubado pela força, porque estavam determinados. O país
precisa do contrário da luta armada. O País precisa ser pacificado. O país
precisa de uma repactuação. Se eles não concordarem, vai acontecer o mesmo que
aconteceu à ditadura militar: uma hora ela cai. Se nós derrubamos a ditadura,
por que não vamos derrubar a ditadura da toga, do parlamento, das elites e da
mídia?", indaga Dirceu, numa fala que sugere um baixíssimo grau de
convicção.
Ao que tudo indica, a decadência
do PT tem sido tão avassaladora, que nem mesmo seus grandes expoentes conseguem
mais produzir raciocínios razoáveis.
Com pinçadas na entrevista da
ISTOÉ, que pode ser lida na íntegra AQUI
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