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PRA VC QUE TEM O SONHO DE SER NARRADORA OU REPÓRTER

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24 de fevereiro de 2018

Perícia liga propina da Odebrecht a prédio para o Instituto Lula.


Peritos da Polícia Federal indicam no sistema de propinas da empreiteira valores utilizados na compra do imóvel à entidade.
A Polícia Federal entregou ao juiz federal Sergio Moro, nesta sexta-feira, 23, a perícia em cópias dos sistemas Drousys e MyWebDay, utilizados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, departamento que cuidava da distribuição de propinas da empreiteira. A PF analisou cerca de 2 milhões de arquivos para concluir o laudo.
O documento, que tem 321 páginas e é assinado por seis peritos criminais da PF, foi anexado no processo da Operação Lava Jato que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os réus pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no suposto recebimento de 12,9 milhões de reais em propina da Odebrecht. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu as vantagens indevidas da empreiteira através das compras de um imóvel que abrigaria o Instituto Lula, em São Paulo, por 12,5 milhões de reais, e de uma cobertura vizinha à dele em São Bernardo do Campo (SP), por 504.000 reais. O prédio destinado ao instituto acabou não sendo utilizado.

O laudo responde a questionamentos de Moro, do MPF e da defesa do petista sobre a autenticidade dos registros de pagamentos que, conforme a acusação, saíram do departamento de propinas da Odebrecht com destino à compra do prédio à entidade que leva o nome do ex-presidente. Ainda conforme a força-tarefa da Lava Jato, a aquisição foi feita por meio de uma empresa que funcionou como “laranja” da empreiteira, a DAG Construtora. O imóvel fica na Rua Haberbeck Brandão, na capital paulista.
A PF indica na perícia que o codinome utilizado pelo setor de propinas no sistema MyWebDay para tratar do imóvel era “Beluga”, o que os peritos dizem ser uma possível referência à Beluga Holdings LTD, offshore de Mateus Baldassari, empresário que vendeu o imóvel à DAG Construtora.

Conforme o documento, sob o codinome “Beluga” foram registrados pagamentos à Jaumont Services Limited, outra offshore de Baldassari; à DAG, que teria sido “compensada” pela Odebrecht pela compra do prédio; a Glaucos da Costa Marques, que teria sido utilizado como “laranja” na compra da cobertura em São Bernardo do Campo; e ao escritório Teixeira, Martins Advogados, do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula.

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