A tarifa de energia
elétrica deverá ficar mais cara para o consumidor no primeiro mês de 2015,
disse hoje o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca Leite. A medida faz parte do sistema de
bandeiras tarifárias, que repassa mensalmente os custos das distribuidoras com
o uso de termelétricas e que entra em vigor a partir de janeiro próximo.
“Nessa previsão, a
bandeira já chega vermelha porque os reservatórios das hidrelétricas ainda
estão em processo de enchimento”, disse. A bandeira vermelha significa que os
custos com geração de energia estão mais altos, por isso haverá um acréscimo de
R$ 3 para cada 100 killowats-hora consumidos. No entanto, o sistema não deverá
significar um custo extra para os consumidores, porque atualmente os gastos que
as distribuidoras têm com a compra de energia de termelétricas já são incluídos
nas tarifas de energia, só que isso é feito anualmente.
Fonseca disse ainda que
as distribuidoras devem apresentar à Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) os pedidos de revisão extraordinárias de tarifas na primeira semana de
janeiro de 2015, por causa dos gastos extras que elas tiveram com a compra de
energia de termelétricas em 2014. “Em reunião, a Aneel se comprometeu a
analisar os pedidos de revisão [das empresas] já na primeira semana do ano que
vem, e calcular os valores individualmente”, concluiu.
A cobrança pelo sistema
de bandeiras tarifárias, (LINK para matéria de ontem: Consumidores vão pagar
mensalmente por uso de termelétricas) vai ser dividida por subsistemas, o que
quer dizer que os consumidores de estados do Sul podem pagar um valor diferente
daqueles que moram mais ao Norte do país. No entanto, a bandeira aplicada
mensalmente será a mesma para todos os consumidores de um mesmo subsistema. Ou
seja, ainda que uma pessoa de determinada região economize mais que as outras
do mesmo subsistema, o valor cobrado será igual.
“Como vai ser avaliada
a capacidade de produção daquele determinado subsistema, as bandeiras serão
iguais para os moradores daquela região. Além disso, pode ser que no Sul do
país a geração de energia hidrelétrica seja maior que no Norte, o que não
resulta em uma mesma cobrança para todo o país naquele mês”, esclareceu
Fonseca. A medida, segundo ele, pode ser chamada de realismo tarifário, “porque
permite ao consumidor um uso mais eficaz e consciente da energia, já que ele
vai ter noção da situação dos reservatórios [de água]“.
As informações são da
Agência Brasil.
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