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1 de julho de 2016

PF prende doleiro ligado a Cunha e mira empresa do grupo dono da JBS.


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (1º) a Operação Sépsis, uma nova etapa da Operação Lava Jato. Um dos alvos foi o doleiro Lúcio Funaro, preso em São Paulo. Segundo delatores da Lava Jato, ele é ligado ao presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Ao todo foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Distrito Federal. Os mandados desta etapa da operação foram autorizados pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A operação teve como base delações do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto, e de Nelson Mello, ex-diretor da empresa Hypermarcas (leia outras informações mais abaixo).
Lúcio Funaro em depoimento à CPI dos Correios, em 2006 (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Lúcio Funaro, em 2006, em depoimento à CPI dos

Veja os principais alvos da operação:
- Lúcio Funaro, doleiro que, segundo delatores, é ligado a Eduardo Cunha
- Joesley Batista, um dos sócios do grupo J&F
- Eldorado, braço de celulose da J&F Investimentos (a J&F Investimento é dona da JBS e é de propriedade da famíla Batista)
- Milton Lira, lobista
- Cone Multimodal, empresa de infraestrutura industrial e logística multimodal
- Henrique Constantino, empresário
Mandados
Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em uma unidade, em São Paulo, da Eldorado, braço de celulose da J&F Investimentos, grupo dono da JBS e comandado pela famíla Batista. A JBS é dona da Friboi.
A casa de Joesley Batista, presidente do conselho de administração da JBS e diretor-presidente da J&F, também foi alvo de buscas.
Outro alvo de busca e apreensão da Sépsis foi a casa do empresário Henrique Constantino, em São Paulo.
A Polícia Federal cumpriu ainda um mandado de busca e apreensão em uma casa de Vargem Grande do Sul, cidade do interior de São Paulo onde Lúcio Funaro tem família. Não há detalhes do que foi levado da residência.
Em Brasília, a polícia fez busca e apreensão na casa do lobista Milton Lira.
Em Pernambuco, os alvos das buscas foram a Cone Multimodal, que tem o Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS) como um dos sócios, e os imóveis dos empresários Marcos José Roberto Moura Dubeaux e Marcos Roberto Bezerra de Melo Moura Dubeaux, pai e filho. O primeiro é presidente da Moura Dubeux, que já foi sócia da Cone. O segundo é o presidente da Cone. Na casa de Marcos José Moura Dubeux, os agentes federais encontraram 30 mil euros e US$ 53 mil. Também foi recolhido um notebook.


No estado de São Paulo, além da prisão, houve 12 buscas e apreensões. No Distrito Federal, foram duas buscas e apreensões, assim como no Rio de Janeiro. No Recife, houve três mandados de busca e apreensão.
Delações motivaram operação
A ação na manhã desta sexta se baseia nas informações da delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal e que também seria aliado de Eduardo Cunha.
No mês passado, Cunha afirmou que deu apoio à indicação de Cleto pela bancada do PMDB do Rio de Janeiro,. Em dezembro do ano passado, Cleto foi exonerado da Caixa por determinação da atualmente presidente afastada Dilma Rousseff.
Às autoridades, Fábio Cleto relatou que o presidente afastado da Câmara recebeu propina por negócios feitos pelo Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS).
Por meio de nota divulgada pela assessoria Cunha negou ter cometido irregularidades.
"Desconheço a delação, desminto os fatos divulgados, não recebi qualquer vantagem indevida, desafio a provar e, se ele cometeu qualquer irregularidade, que responda por ela", afirmou o presidente afastado da Câmara.
Sobre a suposta relação com o doleiro Lúcio Funaro, preso nesta sexta, a assessoria de Eduardo Cunha informou que ele não se manifestará.
Outra delação que baseou as ações desta sexta é a de Nelson Mello, ex-diretor da empresa Hypermarcas.
Versões dos envolvidos
Até a última atualização desta reportagem, o G1 não tinha conseguido contato com as defesas de Lucio Bolonha Funaro e de Henrique Constantino.
A JBS divulgou um comunicado aos acionistas no qual afirma que a companhia e seus executivos não são alvo da operação da polícia.
"A JBS comunica a seus acionistas e ao mercado em geral que, em relação às notícias veiculadas na data de hoje pela imprensa, a Companhia, bem como seus executivos, não é alvo e não está relacionada com a operação da Polícia Federal ocorrida na manhã de hoje", afirmou o comunicado.
Em nota, a Eldorado confirmou buscas da PF na sede da empresa em São Paulo, mas informou desconhecer as razões.
"A Eldorado confirma que a Polícia Federal realizou busca e apreensão em suas dependências em São Paulo na manhã de hoje. A companhia desconhece as razões e o objetivo desta ação e prestou todas as informações solicitadas. A Eldorado sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade. A companhia se mantém à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais", diz o texto.

Em nota, enviada em nome dos empresários Marcos José Roberto Moura Dubeaux e Marcos Roberto Bezerra de Melo Moura Dubeaux, a Cone S/A informou que só vai se manifestar quando tiver conhecimento de todo o conteúdo da denúncia e que está à disposição das autoridades.
G1

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